EDUCAÇÃO E O FUTURO

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Os Grandes Pensadores


Os Grandes Pensadores

Comenius

Jan Amos Komensky  - Comenius
(Clérigo moraviano e educador )
1592-1670



Defendia uma educação para a vida cotidiana, com sistematização de todos os conhecimentos e o estabelecimento de um sistema universal de educação, com oportunidades para as mulheres. Ele sustentou a ciência ao mesmo tempo que exaltava a majestade divina. Uma de suas principais obras, Didáctica Magna (1628-1632), expõe esses princípios. Comenius adotou o método empírico de explorar o mundo, em contraposição às verdades impostas pelo ensino medieval. Pela experimentação, ele acreditava que todos poderiam vir a enxergar a harmonia do universo sob o caos aparente.


Jean Jacques Rousseau
(Filósofo, teórico político e Escritor suíço)
1712-1778


Sua obra principal é Do Contrato Social. Nesta obra, defende a ideia de que o ser humano nasce bom, porém a sociedade o conduz a degeneração. Afirma também que a sociedade funciona como um pacto social, onde os indivíduos, organizados em sociedade, concedem alguns direitos ao Estado em troca de proteção e organização.


John Dewey
(Filósofo e psicólogo norte-americano)
1859-1952


Dewey foi o criador da chamada Escola Nova. Acreditava na educação pela ação e criticava a educação tradicional, o intelectualismo e a memorização. Ele pregava uma educação que propiciasse à criança condições de resolver por si própria seus problemas. Para ele, a experiência pessoal era fundamental. Como psicólogo, sustentou a ideia de que todas as formas de relação conduziam basicamente a uma adaptação ao meio (funcionalismo).


Maria Montessori
(Médica e pedagoga italiana)
1870-1952


Montessori foi a primeira mulher a se formar em medicina na Itália. Depois de sua licenciatura em Pedagogia, dedicou-se à educação de crianças excepcionais num hospital psiquiátrico em Roma. Desenvolveu o sistema montessoriano que se apoia no trinômio: atividade, individualidade e liberdade. Ela acreditava que os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando, portanto, ser determinados.
Para ela, a coordenação motora se desenvolve com o movimento. Sendo assim, o autocontrole e a capacidade de decisão seriam os principais objetivos da aprendizagem. O sistema desenvolvido por Montessori ganhou destaque pelas técnicas inovadoras usadas em jardins de infância e primeiras séries do ensino formal. Os principais jogos criados por ela e que são utilizados nos dias de hoje são o Material Dourado e o Alfabeto Móvel.


PiagetJean Piaget
(Biólogo e Psicólogo suíço)
1896-1980


Principal representante da psicologia da aprendizagem, que centra suas investigações nas estruturas cognitivas, Piaget defendia a ideia de que o conhecimento não existe: aquilo a que se dá este nome é um conjunto de capacidades intelectuais hierarquicamente classificadas que requerem uma visão científica mais global. Tinha como objetivo estudar a evolução do pensamento da infância até a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo. Pesquisador que desenvolveu muitas investigações, que constituíram a base do construtivismo, cujos resultados são utilizados por psicólogos e que receberam e recebem diversas interpretações e consequentes propostas didáticas. Piaget concebia a criança como um ser dinâmico, que a todo o momento interage com a realidade.
Segundo sua teoria denominada "epistemologia genética", a partir do nascimento os seres humanos são submetidos a fases de desenvolvimento cognitivo, do qual ele descreveu quatro estágios de desenvolvimento: sensório, pré-operacional, operacional concreto e operacional formal. Ele acreditava que essas etapas devem ser preenchidas de forma linear e do conhecimento foi construído pelo indivíduo através da ação e que, portanto, o meio ambiente e os conhecimentos inatos ou não influenciou nesta evolução. Seu trabalho foi em grande parte observacional e ele é creditado com o uso de termos como assimilação e acomodação.


Lev Semenovitch Vygotsky
(Advogado e Psicólogo russo)
1896-1934


Vygotsky enfatizava o papel da linguagem e do processo histórico social no desenvolvimento do indivíduo. Sua questão central é a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para ele, o sujeito não é apenas ativo, mas também interativo, pois adquire conhecimentos a partir de relações intra e interpessoais. É na troca com outros sujeitos que o conhecimento e as funções sociais são assimilados. O professor, portanto, tem o papel explícito de interferir nos processos e provocar avanços nos alunos, criando o que ele chamava de zonas de desenvolvimento proximal. O aluno, no modelo de Vygotsky, não é apenas o sujeito da aprendizagem, mas aquele que aprende com o outro aquilo que seu grupo social produz.
Construiu sua teoria tendo por base o desenvolvimento do indivíduo como resultado de um processo socio-histórico, enfatizando o papel da linguagem e da aprendizagem nesse desenvolvimento, sendo essa teoria considerada histórico-social.

Miguel González Arroyo
Sociólogo e Educador espanhol/brasileiro


Foi professor da UFMG e atualmente acompanha propostas educativas em várias redes estaduais e municipais do país. Presta assessoria a projetos de educação aos governos populares; acompanha de perto o Setor de Educação do MST. Foi Secretário Adjunto de Educação da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, coordenando e elaborando a implantação da proposta político-pedagógica "Escola Plural". Suas ideias estão relacionadas à educação popular, cultura escolar, gestão escolar, educação básica e currículo.


Dermeval Saviani
(Filósofo e Educador brasileiro)
1944 - ...


Idealizador da Pedagogia por ele denominada Histórico-Crítica, defende que uma das funções da escola é possibilitar o acesso aos conhecimentos previamente produzidos e sistematizados. O problema é o caráter mecânico dessa transmissão, isto é, o fato dela ser feita desligada das razões que a justificam e sem que os professores disponham de critérios para discernir entre aqueles conhecimentos que precisam ser transmitidos e aqueles que não precisam. Segundo Saviani, isso abre espaço para sobrecarregar os currículos com conteúdos irrelevantes ou cuja relevância não é alcançada pelos professores, o que os impede de motivar os alunos a se empenhar na sua aprendizagem.

FerreroEmilia Beatriz María Ferreiro Schavi
(1936-...)
Psicóloga e Pedagoga Argentina.


Foi doutoranda de Jean Piaget. Promoveu a continuidade do trabalho de Piaget sobre epistemologia genética - uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança - estudando um campo que ele não havia explorado: a escrita.

A partir de 1974, na Universidade de Buenos Aires, desenvolveu uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas na sua mais importante obra: Psicogênese da Língua Escrita, publicado em 1979 e escrito em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky. A obra apresenta os processos de aprendizado das crianças, chegando a conclusões que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita.

Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo. O tempo necessário para o aluno transpor cada uma das etapas é muito variável.

De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada.
Nos anos 1980, suas ideias causaram no Brasil um grande impacto sobre a concepção que se tinha do processo de alfabetização, influenciando os Parâmetros Curriculares Nacionais. Emilia é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora.


Jacques Lucien Jean Delors
(Economista e Político francês)
1925 - ...
Delors, economista e político francês, estudou Economia na Sorbonne. Foi professor visitante na Universidade Paris-Dauphine (1974-1979) e na Escola Nacional de Administração (França). De 1992 a 1996, presidiu a Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, da UNESCO. Neste período, foi autor do relatório "Educação, um Tesouro a descobrir"(*) (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da Educação.

Durante seu trabalho na UNESCO, apontou como principal consequência da sociedade do conhecimento a necessidade de uma aprendizagem ao longo de toda vida, fundamentada em quatro pilares, que são, concomitantemente, do conhecimento e da formação continuada. Os pilares e os saberes e competências a se adquirir são apresentados, aparentemente, divididos. Essas quatro vias não podem, no entanto, dissociar-se por estarem interligadas, constituindo interação com o fim único de uma formação holística do indivíduo.

A seguir, uma síntese dos quatro pilares para a educação no século XXI, segundo Rodrigues(*):
1.    "Aprender a conhecer – É necessário tornar prazeroso o ato de compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento para que não seja efêmero, para que se mantenha ao longo do tempo e para que valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção permanentemente. É preciso, também, pensar o novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar.
2.    Aprender a fazer – Não basta preparar-se com cuidados para se inserir no setor do trabalho. A rápida evolução por que passam as profissões pede que o indivíduo esteja apto a enfrentar novas situações de emprego e a trabalhar em equipe, desenvolvendo espírito cooperativo e de humildade na reelaboração conceitual e nas trocas, valores necessários ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de uma certa dose de risco, saber comunicar-se e resolver conflitos e ser flexível. Aprender a fazer envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas.
3.    Aprender a conviver – No mundo atual, este é um importantíssimo aprendizado por ser valorizado quem aprende a viver com os outros, a compreendê-los, a desenvolver a percepção de interdependência, a administrar conflitos, a participar de projetos comuns, a ter prazer no esforço comum.
4.    Aprender a ser – É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo e crítico, imaginação, criatividade, iniciativa e crescimento integral da pessoa em relação à inteligência. A aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando nenhuma das potencialidades de cada indivíduo."Com base nessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes consequências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante dos professores deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo; enfim, ser socialmente competente.
Com base nessa visão dos quatro pilares do conhecimento, pode-se prever grandes consequências na educação. O ensino-aprendizagem voltado apenas para a absorção de conhecimento e que tem sido objeto de preocupação constante dos professores deverá dar lugar ao ensinar a pensar, saber comunicar-se e pesquisar, ter raciocínio lógico, fazer sínteses e elaborações teóricas, ser independente e autônomo; enfim, ser socialmente competente.


José Carlos Libâneo
(Filósofo e educador brasileiro)
1945 - ...


Criador do termo Pedagogia Crítico social dos conteúdos, seus pensamentos estão relacionados à teoria da educação, didática, formação de professores, ensino e aprendizagem, organização e gestão da escola. Atualmente, desenvolve pesquisas dentro da teoria histórico-cultural.

É professor da Universidade Católica de Goiás, no Programa de Pós-Graduação em Educação. É membro do Conselho Editorial das seguintes revistas: Olhar de Professor (UEPG), Revista de Estudos Universitárias (Sorocaba), Educativa (UCG), Espaço Pedagógico (UPF), Interface- Comunicação, Saúde e Educação (Unesp Botucatu), parecerista da Revista Brasilera de Educação e Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Membro do Conselho Editorial da Editora Unijui.

Paulo Reglus Neves Freire
Advogado e Educador brasileiro
1921-1997


Paulo Freire se opôs aos privilégios das classes dominantes, as quais impedem a maioria de usufruir os bens produzidos pela sociedade. Para ele, a modificação desse quadro deveria partir dos próprios oprimidos, depois de um trabalho de conscientização e politização. Sua principal ideia refere-se a dois tipos de pedagogia: a pedagogia dos dominantes e a pedagogia do oprimido. A pedagogia do dominante é fundamentada em uma concepção bancária de educação, predomina o discurso e a prática, da qual deriva uma prática totalmente verbalista, dirigida para a transmissão e avaliação de conhecimentos abstratos, numa relação vertical, o saber é dado, fornecido de cima para baixo; é autoritária, pois manda quem sabe. Nesta concepção, denominada por Freire de Educação Bancária, o sujeito da educação é o educador, sendo os educandos como vasilhas a serem enchidas pelo conhecimento depositado pelo educador.

Segundo Freire, a Pedagogia do Oprimido é uma proposta de oposição à esta realidade. Nesta concepção a educação surgiria como prática da liberdade, que deve surgir e partir dos próprios oprimidos. Não é suficiente que o oprimido tenha consciência crítica da opressão, mas que se disponha a transformar essa realidade. Sua proposta se configura como um trabalho de conscientização e politização.
Atuou na Educação de Jovens e Adultos, privilegiando o diálogo e o trabalho em grupos e valorizando os conhecimentos trazidos pelos educandos. A partir disso desenvolveu uma metodologia para a Alfabetização de Jovens e Adultos condizente com suas ideias e com sua prática.

Philippe Perrenoud
(Sociólogo suíço)
1944 - ...

Criador dos termos Competências e Habilidades, Perrenoud é Professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade de Genebra. Depois do doutorado em Sociologia, em que estudou as desigualdades sociais e a evasão escolar, ele passou a se dedicar ao trabalho com alunos, às práticas pedagógicas e ao currículo dos estabelecimentos de ensino do cantão de Genebra.

O modelo educacional proposto por Perrenoud é baseado num ciclo de avaliação de três anos, ou seja, em vez de um ano, a criança tem três para desenvolver as competências estabelecidas para aquela faixa etária. Assim, segundo o sociólogo, o aluno tem muito mais chances de não ser reprovado se não adquirir uma determinada habilidade em um ano, já que tem mais tempo para amadurecer e aprender.

Suas ideias pioneiras e vanguardistas sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos serem hoje consideradas fonte única para todos pesquisadores em educação e assessores em políticas educacionais, estando na base, inclusive, dos Novos Parâmetros Curriculares Nacionais e do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA), estabelecidos pelo Ministério da Educação do Brasil (MEC) a partir da década de 90.

Burrhus Frederic Skinner
(Psicólogo nortemericano)
1904 -1990


Sua obra é a expressão mais célebre do behaviorismo, corrente que dominou o pensamento e a prática da psicologia, em escolas e consultórios, até os anos 1950. O behaviorismo restringe seu estudo ao comportamento (behavior, em inglês), tomado como um conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos. O princípio do behaviorismo é que só é possível teorizar e agir sobre o que é cientificamente observável.

A teoria de B.F. Skinner baseia-se na ideia de que o aprendizado ocorre em função de mudança no comportamento manifesto. As mudanças no comportamento são o resultado de uma resposta individual a eventos (estímulos) que ocorrem no meio. Assim, uma resposta produz uma consequência. Quando um padrão particular Estímulo-Resposta(S-R) é reforçado (recompensado), o indivíduo é condicionado a reagir. A característica que distingue o condicionamento operante em relação às formas anteriores de behaviorismo é que o organismo pode emitir respostas, em vez de só obter respostas devido a um estímulo externo.

O reforço é o elemento-chave na teoria S-R de Skinner. Um reforço é qualquer coisa que fortaleça a resposta desejada. Pode ser um elogio verbal, uma boa nota, ou um sentimento de realização ou satisfação crescente. A teoria também cobre reforços negativos - uma ação que evita uma consequência indesejada.

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